Sigur ros à beira mar

Eu tenho um amigo (posso até deixar um depoimento, no orkut, já). Enquanto ele se ocupa em descrever, de forma cômica, sobre o seu carnaval mais esdrúxulo, eu realizei uma vontade dele: “Ah Déborah, faz isso aí, aproveita. E depois me conta se a gente voa”. Trancado em seu mundo de vidro, acabou me sugerindo algo que me fez acreditar que o meu mundo também é de vidro (cristal). Eu ouvi Sigur-ros na praia -mole, norte da ilha, e sim a gente voa. Lá não estava a paz e a tranqüilidade que eu procurava, pra sentir, ir ao inferno e ao céu, como fiquei com vontade, por isso esperei até as seis horas, fui a uma praia naturalista (nudismo opcional). Excluí as mazelas humanas daquele lugar, e aí sim, ouvi sigur ros. Incrível, você tem vontade de caminhar no mar até um lugar que não dê pé, e daí boiar, pra sempre. Eu só sei escrever isso, porque o momento foi só meu, e não cabe a ninguém roubá-lo. Fui para o mirante. Do mirante, a 500 metros da praia, é muito melhor (eu acho que ainda nem voltei de lá), Olhei a lagoa, linda, grande, até comentei: Se fosse pra pintar essa lagoa, a essa hora, gastaria muitas cores, eram 8 horas da noite. Dali sim, encontrei o ambiente que você gostaria de descrever. Então, fica o convite; venha e veja com seus próprios olhos, e voe com sua própria alma, é muito bom voar sobre a lagoa, e entrar em cada barquinho. Eu não sei te contar direito, mas acho que é exatamente como você imaginou quando deu a dica. Muito bom. Tome nota.
P.S: Esqueça esses números e esses lugares. Ouça “glosoli” em uma praia e depois, tente escrever em um blog.
3 Comments:
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Eu sabia! Por isso, como disse naquele texto que te mostrei, eu ouço Sigur Rós com o tornozelo amarrado à cama.
A sensação é a de que o universo inteiro está se redimindo, mas não é Deus, nem qualquer tipo de Messias quem o faz. É só beleza mesmo.
E se acontece num ap no centro de Goiânia, deve acontecer tb numa praia naturalista (nudismo opcional) do litoral catarinense.
Bem-vinda ao clube dos estarrecidos.
E depois de ler esse texto, tente não se sobressaltar sob a constatação de que o ser humano é infinitamente menor que qualquer grão de areia de uma praia ou azul-amarelo-celeste-acinzentado de uma lagoa sob palavras que tentam nos revelar aquilo que, mais que se vê ou se sente, se vive...
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